Segundo o processo, a magistrada usou termos chulos em mensagens à perita, fazendo alusão aos genitais de seu companheiro e afirmando que é "juíza, pós-graduada, ilibada, até elogiada".
Escreveu, por mensagem, referindo-se a si mesma em terceira pessoa e fazendo alusão aos genitais de seu companheiro:
"Refletindo ainda sobre o ocorrido, concluí que mais uma vez se deu à Adriana um tratamento de incapaz, de demente, ou daquela que é dominada, você desculpe o vocábulo, por uma p... fantástica".
A juíza seguiu:
"Tenho ainda um pensamento de que gosto é igual a c... — cada um tem o seu".
Em dezembro, a relatora do caso, desembargadora Cláudia Regina Vianna, votou pela aplicação de pena de censura à juíza, e já foi acompanhada por 24 colegas.
Essa punição prevê uma censura por escrito e a impossibilidade de receber promoções por merecimento durante um ano.
Um desembargador votou pela absolvição e outro pediu vista do caso, que volta à pauta nesta quinta-feira, quando mais 24 desembargadores devem votar.
O Ministério Público do Trabalho defendeu a punição.
A juíza Adriana Maria dos Remédios afirma que as mensagens aconteceram em um ambiente privado e foram exercício da liberdade de expressão.
Guilherme Amado
(Por Eduardo Barretto)
Fonte: epoca.globo.com
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